“The Voice of Frank Sinatra” – Frank Sinatra
Um dos maiores cantores do século XX, o norte-americano Francis Albert Sinatra colecionou prêmios, recordes e todo tipo de honrarias. Curiosamente, uma das mais importantes é a menos lembrada. É dele o primeiro LP (long play) da história. Lançado em 1948, “The Voice of Frank Sinatra” continha oito canções de “swing” e 23 minutos de duração. Entre as músicas, estavam “I Don't Know Why (I Just Do)” e “Try a Little Tenderness“. Foi a partir de então que surgiu o conceito de álbum. Até aí, os discos comportavam apenas duas composições, uma de cada lado. Era o início de uma revolução.
Elvis Presley – Elvis Presley
Nos anos 1950, um motorista de caminhão do sul dos Estados Unidos seria o artífice da maior revolução cultural do século XX. Tudo começou quando Elvis Presley resolveu presentear sua mãe com um disco cantado por ele mesmo. Foi a um estúdio caseiro em Memphis e gravou algumas músicas. A performance impressionou e ele logo foi convidado a gravar uma canção profissionalmente. O ano era 1954 e a escolhida foi "That's All Right, Mama", de Arthur Crudup. Dali foi um pulo para ele gravar seu primeiro disco, em 1956. Entre as faixas, estavam "Blue Suede Shoes" (Carl Perkins) e "Tutti Frutti" (Richard Pennyman). Nascia o Rock and Roll.
Kind of Blue – Miles Davis
O trompetista norte-americano Miles Davis sempre buscou experimentalismos musicais. Para ele, não bastava a liberdade para improvisações oferecidas pelo jazz. Era preciso ousar mais. Até que começou a mesclar o estilo com o rock e rhythm’n blues, criando um novo gênero musical, o fusion. O ponto alto desta experimentação ocorreu em 1959, quando lançou “Kind of Blue”. Com o tempo, ele foi angariando cada vez mais seguidores. Não é para menos: além de canções como "Freddie Freeloader" e "Flamenco Sketches", a banda contava com gênios como o pianista Bill Evans e o saxofonista John Coltrane. Até hoje, a obra é citada em todas as listas de maiores discos de todos os tempos.
Chega de Saudade – João Gilberto
Definitivamente, 1959 foi um ano incrível para a música. Enquanto Miles Davis deixava loucos os conservadores do Jazz, no Brasil o mesmo acontecia com os sambistas tradicionais. Tudo porque um cantor subvertera o gênero, alterando o andamento das músicas e cantando baixinho: era a Bossa Nova surgindo. João Gilberto já iniciara a revolução em 1958, ao tocar no disco de Eliseth Cardoso, “Canção do Amor Demais”. Mas foi em seu primeiro trabalho, “Chega de Saudade”, que solidificou sua marca. Além da faixa-título, havia ainda “Desafinado”, ambas de Tom Jobim, e “Saudade fez um Samba” (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli). A música brasileira alcançaria a maioridade e o respeito internacional.
Modern Sounds in Country & Western Music - Ray Charles
A revolução estava no DNA de Ray Charles. Ainda no início da carreira deu o passo que mudaria sua vida, ao misturar blues com gospel. Tornou-se uma estrela ascendente, ficou rico e famoso. Mas seu espírito irrequieto queria mais. E fez uma jogada pra lá de ousada em 1962: gravou os maiores standards do country, a música branca por excelência da América, com arranjos de blues, o ritmo dos negros. Os puristas musicais (e raciais) ficaram horrorizados, mas o disco foi aclamado por crítica e público. O que ele fez a canções que já eram ótimas, como “Bye Bye, Love” e “Hey, Good Looking”, é coisa de outro mundo.
Revolver – Beatles
Em 1966, os Beatles já eram o maior fenômeno surgido na música. Nos shows, a gritaria das fãs era tanta que os integrantes não conseguiam ouvir a si mesmos. Foi então que resolveram gravar um disco tão complexo que não poderia ser reproduzido ao vivo. Para isso, abusaram das experimentações: tocaram instrumentos inusitados, como a cítara, e incluíram efeitos sonoros diversos, como gravações tocadas de trás para frente. De quebra, investiram em composições falando de sexo, drogas e relacionamentos conturbados. O talento de John Lennon, Paul McCartney e George Harrison resultou em pepitas como “Taxman”, “Eleanor Rigby” e “Tomorrow Never Knows”. E o rock mudou para sempre.
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