Sexta-feira, dia de sair com os amigos, com o namorado, namorada, marido, esposa, noivo, noiva e por aí vai, afinal, estamos acostumados com a ideia de pessoas ao nosso lado e de relacionamentos com outros seres humanos.
No Japão, porém, essa coisa de relacionamento não faz mais sucesso, e a onda agora é cada um na sua, com poucos amigos e nenhum tipo de relacionamento afetivo ou amoroso. Mentira. A afetividade ainda existe e faz parte da vida de muita gente por lá, mas de uma maneira um pouco diferente.
Os dados que vamos compartilhar com você agora foram extraídos de um vídeo produzido pelo Vice, que enviou Ryan Duffy para fazer um tour bem interessante por Tóquio, descobrindo bizarrices comportamentais, afetivas e sexuais que talvez deixem você um pouco espantado.
Estatísticas
Vamos por partes. O que você precisa saber, em primeiro lugar, é que os japoneses estão passando por uma fase de exílio sentimental. Ninguém quer namorar por lá, não. Só para você ter ideia, entre as mulheres de 18 a 34 anos, 50% estão solteiras – quanto aos homens, nessa mesma faixa de idade, o número sobe para mais de 60%.
Por causa dessa falta de relacionamentos, a quantidade de pessoas jovens é menor do que o número de idosos – 13,5% é o total de pessoas com 15 anos ou menos, enquanto 23,9% é o número de idosos com 65 anos ou mais.
A porcentagem de morte a cada mil pessoas é de 9,13%, e a de nascimento, dentro da mesma quantidade de indivíduos, é de 8,39%. Ou seja: no Japão morrem mais pessoas do que nascem, o que significa que até o final deste século a população pode ser reduzida à metade. O Japão é um país que vende mais fralda para adultos do que para crianças.
Preferência nacional
Todas as mulheres entrevistadas por Duffy afirmaram que preferem ficar solteiras e que acreditam que relacionamentos estragam tudo, inclusive a vida profissional. Uma delas afirma, inclusive, que entre amor e profissão, a segunda opção vence.
Os homens, por sua vez, ficam intimidados diante das mulheres e acabam recorrendo a alternativas como cibernamoradas. Um deles explica sua situação a Duffy dizendo que não tem namorada e que gosta de gastar seu dinheiro com jogos, brinquedos e afins.
Um dos homens explica que o Japão é uma sociedade na qual o ato de se reunir com outras pessoas é estranho e que o dinheiro é usado para resolver esses problemas de comunicação. Pois é. O fato é que no Japão alguns serviços bizarros existem para encurtar a distância entre as pessoas – você já vai conhecer alguns desses serviços.
Tem de tudo
Tanto homens quanto mulheres têm o costume de satisfazer suas necessidades sexuais com os infinitos itens disponíveis para isso – desde acessórios até bonecas e aplicativos. O lado afetivo fica a critério de alguns estabelecimentos que disponibilizam homens e mulheres para interagir com os clientes.
Esses homens ou essas mulheres são chamadas de “anfitriões”, e suas funções consistem em dar atenção aos clientes, trocando olhares e conversas. O sexo, porém, não é permitido – e não é isso o que os clientes buscam nesses lugares, então não há problema. Uma hora na companhia de um anfitrião custa US$ 100.
Mayo, cliente de uma casa de anfitriões, explicou que tem mais conhecidos do que amigos e que nesses lugares ela paga para ter companhia para beber. Perguntada sobre o desejo de ter filhos e se casar, a resposta é negativa.
Para todos
As casas de anfitriãs, voltadas ao público masculino, também atraem grande número de visitantes – há mais de 200 desses estabelecimentos só em Tóquio. Uma das anfitriãs contou que praticamente todos os seus clientes são homens jovens que não namoram.
Mas, se você estiver no Japão e não for do tipo que vai a clubes de anfitriões, fique tranquilo. Há muitos serviços disponíveis por lá quando o assunto é sexo e afetividade. Se você for um grande fã de mangás, por exemplo, por US$ 70 consegue a companhia de alguém vestido como seu mangá favorito durante uma hora. Que tal?
Há quem tenha vontade de apenas deitar-se ao lado de alguém. Tudo bem. Algumas casas oferecem esse serviço. O cliente deita ao lado de um(a) funcionário(a) e escolhe o que vai querer: cafuné, olho no olho, deitar sobre o braço do outro ou pedir para que o funcionário retire a cera de seu ouvido. Eca! O serviço custa US$ 80 a hora.
Enquanto Duffy experimentava a sensação bizarra de deitar-se ao lado de uma completa desconhecida, ele perguntou a ela qual era a sua opinião sobre relacionamentos, ao que a jovem japonesa respondeu que não gosta nem mesmo de ver pessoas demonstrando afeto em público.
Cereja do bolo
A última tarefa de Duffy foi um encontro com algumas pessoas poderosas que vivem fora da lei. Aparentemente, eles são quem sabem tudo a respeito da verdadeira indústria do sexo no Japão. Encontrando-se com os criminosos da Yakuza, ele precisou beber sangue de tartaruga como prova de lealdade e também como "estimulante" para os atos que aconteceriam adiante.
Logo em seguida, foi encaminhado a um hotel, sem ter a mínima ideia do que aconteceria. Chegando lá, ele se deparou com seu último e mais bizarro tour sexual japonês: os fetiches das pessoas de olhinhos puxados. Duffy foi amarrado e apanhou de uma japonesa, que terminou o ritual de maneira completamente nojenta: defecou e comeu as próprias fezes!
Se você quiser conferir o tour de Duffy e acompanhar visualmente as histórias que acabamos de contar para você, assista ao vídeo aqui – ele está sem legenda, mas depois de tudo o que você leu até agora, nem precisa, não é mesmo?
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